Sabbat Beltane – o Sagrado Casamento do Deus e da Deusa - Estúdio Mariposa - O Lado Bom da Vida

1 de Maio, 20200
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SABBAT BELTANE

A passagem do dia 30 de abril para o dia 1 de maio é um dia especial dedicado à celebração dos “elementais”. Depois do inverno, é tempo de abrir o coração e celebrar a fertilidade na Terra, desfrutando plenamente da renovação da Natureza.
A Roda do Ano, no seu eterno girar, encontra-se perto do ponto médio entre o Equinócio de Primavera e o Solstício de Verão, a primavera está plena na sua primeira floração, é tempo do Sabbat Beltane – o Sagrado Casamento do Deus e da Deusa.

Astrologicamente o Sol encontra-se a transitar no Signo de Touro, um signo associado à fertilidade, à nutrição, ao desfrute, ao prazer, à sensualidade e à conexão com cinco sentidos, pelo que as celebrações de Beltane eram assinaladas com enormes fogueiras em torno das quais realizavam banquetes, jogos, poesia, cânticos, danças sagradas e rituais, em honra do poder de criação fertilizador do Divino Feminino e Masculino e onde era celebrado “O Grande Rito” – a união do Casal Sagrado (casal escolhido criteriosamente entre os jovens em idade fértil e e depois de uma iniciação simbólica)
As fogueiras de Beltane representavam, assim, o calor da paixão, a intensidade, a interação entre a Deusa e o Deus e a crescente fecundidade da terra, o fogo do amor, da união, da fertilidade, da paixão, da sensualidade e da criatividade.

No Grande Rito, o Deus, simbolicamente vestido com a pele de um gamo (veado real), jovem e no auge da sua virilidade e fertilidade era despertado pelo desejo da Deusa, que se apresenta na sua face de Virgem e, dessa conexão, incitados pelos sentidos, pela energia pulsante da Natureza e pela força das sementes e das flores que desabrocham, apaixonam-se, e uniam-se sexualmente. A Deusa que se apresenta no seu aspeto de Donzela, engravidava e depois da união passava para a face da Mãe e daria à luz a colheita que viria alimentar as populações nos próximos meses. A energia da primavera, no seu ponto máximo, representava assim a entrada dos jovens Deuses na idade adulta.

Inspirados pelas celebrações da noite anterior, na manhã do dia 1 de maio, os casais passeavam-se pelos bosques e trocavam votos de amor e fidelidade por um período de um ano e um dia. O homem colhia flores selvagens para a sua amada e entrelaçava-as numa coroa. A mulher, colhia flores de carvalho para a coroa do seu apaixonado, convertendo-se assim na representação viva da Deusa e do seu consorte. No final deste período, de um ano e um dia, o casal podia decidir terminar a relação ou continuar juntos.
Todas as uniões firmadas nessa altura eram consideradas sagradas, assim como todas as crianças assim concebidas, já que assegurava que a terra seria fértil e daria bons frutos no verão seguinte.

Beltane é o mais festivo de todos os Sabbats evocando o amor que dá origem a todas as coisas do Universo, por isso as celebrações de Beltane deram posteriormente origem às festas dos santos “casamenteiros” cristãos, sendo o mês de Maio consagrado à Virgem Maria, aos casamentos e ao coração, todos com forte ligação à fertilidade, nutrição, amor, abundância, nascimento e maternidade.

Atualmente, quando nos conectamos à energia de celebração da roda do ano é uma época para agradecer pelas bênçãos, pela fertilidade da terra e pela abundância.
Ter por perto flores frescas, sementes e comida fazem parte do ritual, numa celebração à abundância da terra, num momento alegre e feliz. É o tempo em que se dá graças por tudo o que possuímos nas nossas vidas e pela bênção de podermos olhar para a frente, para os brilhantes dias de sol que se avizinham, com a vinda do Deus e da Deusa e pelos bens de colheita que virão do ventre da terra.


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