Já alguma vez parou para sentir se a ideia que tem de si mesm@ corresponde à realidade?
O escritor francês Alphonse Karr diz-nos que – “Cada pessoa tem três personalidades: a que exibe, a que tem e a que pensa que tem”- , o que na realidade mostra a complexidade da identidade humana e as várias camadas da sua psique.
A nossa personalidade pública é a imagem de nós que exibimos aos outros – uma persona- uma máscara que utilizamos para interagir com o mundo, a nossa face pública moldada pelas circunstâncias sociais, pelas normas culturais e pelas exigências externas.
A persona permite-nos manter uma imagem idealizada de nós mesmo, escondendo dos outros as partes mais vulneráveis e menos “bonitas”. É um mecanismo de sobrevivência que desenvolvemos para evitar o julgamento e a rejeição e podermos ser amados e aceites, encaixando no que achamos que os outros esperam de nós.
A personalidade autêntica, por sua vez, é aquela que realmente nos define, é a essência verdadeira de quem de verdade somos, independentemente do que é exibido ao mundo exterior. Aqui habitam todas as motivações profundas, os desejos ocultos e as partes de nós mais sombrias e menos amáveis (mais difíceis de ser amadas), que mantemos privadas, com receio do julgamento ou da rejeição. Aqui habitam também os conteúdos da Sombra, esse lugar do inconsciente onde estão guardados todos os aspectos reprimidos, desconhecidos ou não aceites da nossa personalidade, todos os traços, emoções e impulsos que rejeitámos ou que foram considerados inaceitáveis pela sociedade ou por nós mesmos. A Sombra contém tanto os aspectos negativos, quanto os positivos (aqueles que não desenvolvemos por serem incompatíveis com o nosso ideal de “eu”).
Por último a personalidade que pensamos que temos, que corresponde à autoimagem e percepção que cada pessoa tem de si mesma, baseada em construções mentais de como nos vemos e como acreditamos que os outros nos veem. Nem sempre essa percepção corresponde à nossa realidade interna, muitas vezes, criamos uma auto-imagem distorcida de quem somos, projetando qualidades que gostaríamos de ter ou mascarando aquelas que não aceitamos, pela necessidade de manter uma certa narrativa sobre quem acreditamos ser. Confundir a imagem que construímos de nós com quem realmente somos afasta-nos da realidade, distancia-nos da nossa verdadeira natureza, cria ilusões e distorções cognitivas que dão origem a conflitos internos bastante profundos.
Esta tríade de personalidades mostra-nos o quanto a nossa identidade é multifacetada e conflituosa. É por isso, que o processo de Individuação, descrito por C. Jung como a jornada de descoberta do verdadeiro “eu” por detrás da persona, é tão importante para o desenvolvimento pessoal de cada individuo. O processo passa por confrontar as percepções distorcidas que temos de nós mesmos para poder integrar tanto a Luz quanto a Sombra que nos habita. Integrar as partes de nós reprimidas na Sombra permite alcançar uma identidade mais autêntica e equilibrada pois a verdadeira liberdade vem da aceitação de todos os aspectos da nossa psique, incluindo os que escondemos de nós mesmos como; medos, vulnerabilidade, inseguranças e imperfeições).
A terapia Junguiana, a Biodanza e a astrologia são técnicas de auto-conhecimento que dão ferramentas que ajudam a reconciliar todas essas diferentes facetas da personalidade, desse descompasso entre o que mostramos, o que somos e o que pensamos ser.
Integrar a persona, a sombra e o eu autêntico, abre caminho para uma vida mais plena, onde a expressão do EU é muito mais livre, criativa e enraizada na VERDADE de SER.
Xana Condeço
Alma de Mariposa 🦋
Biodanza • Astrologia • Psicoterapia Junguiana
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